terça-feira, 28 de setembro de 2010

exposição um dia depois de ontem- mulheres interpretando a poesia de marco antonio struve

          detalhe da instalação soprarte, e aquarelas, no olhar de bruno leonardo merini!





Na construção do sopro, somam-se palavras, inspiradas e expiradas no fazer e no reler, no escolher de um olhar e no mostrar para quem
quer procurar a mensagem traduzível da arte.
Será a arte indaialense a arte de cada um? Será o artista sem nacionalidade o responsável pelo disseminar da cor, da letra, das formas
conectadas, presas na articulação das palavras que se libertam de suportes desconexos e do obturador de uma câmara, e que agora são
aprisionadas nos espaços controlados de cada um? A arte assoprada por sobre muros e morros espraia-se por campos e embrenha-se nas
florestas, outrora verdes, hoje urbanas. O sopro liberta o artista sensível pela janela dos olhos no processo infinito de construir-se vivo.
E no sopr-a-rte vemos a essência do ser artista. Sentimos o movimento do gérmen do pensamento, o pulsar do olhar artístico, construído,
na não aceitação de limites.
Não há limites para o olhar, assim como não o há para o gestar... E o assoprar da ARTE vai ao encontro das almas sensíveis, dos iluminados,
dos que estão acordados e preparados para a reflexão, sensíveis ao eco dos pensamentos gritados, a partir dos olhares e do vocabulário
múltiplo, sempre possível e tão necessariamente desejável.
Indaial, hoje, recebe para o aplauso a arte soprada de artistas e fruidores, no tempo exato: apenas “um dia depois de ontem...” e que
amanhã, já, será apenas memória... sensível memória.
Arian Grasmück”

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